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Capela São Miguel - Coimbra

Categoria: Arte
Capela São Miguel - Coimbra

Ao traduzir em formas uma visão particular do monarca, o objecto artístico transporta consigo elementos indispensáveis para o conhecimento do modelo de arte que criou. No caso da Capela de S. Miguel, assim como todos os edifícios manuelinos, a arte reflecte as preocupações, medos e anseios do rei D. Manuel I em relação à sua legitimação como monarca.
A Capela de São Miguel é o resultado de séculos de história, de intervenções e restauros dos mais variados arquitectos e movimentos. Desde o século XI que há registos de uma futura Capela destinada a São Miguel e estes registos vão estando patentes pelo menos até ao reinado de D. João V.

O portal da Capela de São Miguel encontra-se entre duas janelas, dando a sensação de um verticalismo, que se prolonga por estas. Duas bases altas erguem dois contrafortes torcidos, contendo coroas sumptuosas na parte superior e acabamentos piramidais. No interior dos contrafortes está um duplo vão paralelo e um mainel delicado no centro do portal.

Os vãos são emoldurados por três colunelos lisos e dois intercolúnios com motivos vegetalistas estilizados. Os colunelos de dentro prolongam-se até acima em arcos policêntricos, deixando suspenso dois cogulhos e para cima acentuam-se outros motivos vegetalistas. Do colunelo exterior surge um arco trilobulado que se vai encontrando com outros, mas de centros opostos, delineando os três emblemas manuelinos e envolvendo uma rica ornamentação arbórea. Este arco arbóreo forma uma cruz no alto do tímpano englobando o escudete das Cinco Chagas de Cristo.

No tímpano estão as armas reais: o escudo real ao centro, a cruz da Ordem Militar de Cristo do lado esquerdo de quem observa e a esfera armilar no lado direito. Por cima destes elementos simbólicos encontramos três escudetes com símbolos da Paixão de Cristo, como a coroa de espinhos no escudete do lado esquerdo, os cravos no lado direito e em cima as Cinco Chagas de Cristo.

Como foi dito anteriormente, o pórtico encontra-se rodeado por duas elegantes janelas vazadas no muro do pórtico, que formam um arco policêntrico, com suspensos cogulhos nas pontas, fechando em cruz.

Concluindo, o Manuelino é um conjunto de provas e argumentações artísticas que mostram o que este estilo tem de belo por todo o país.


Daniela Vicente

Título: Capela São Miguel - Coimbra

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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