Além de determinar os seus efeitos fisiológicos, definir o ato de meditar pode ser tão evasivo como imaginar o som de mãos a bater palmas. A meditação é um estado de atenção plena. É um estado altamente alerta e hábil de espírito, porque requer que alguém permaneça física e psicologicamente com tudo o que acontece à sua volta sem acrescentar ou subtrair nada.

O ato físico da meditação geralmente consiste simplesmente em sentar-se calmamente, com o foco principal na sua respiração, numa palavra ou frase. No entanto, um praticante pode também fazêlo de pé ou a andar. Não é incomum ver um monge a meditar pelas montanhas caminhando, depois deitado ou prostrado e outra vez a caminhar até que ele atinja o seu destino a muitos quilómetros de distância.

Há muitas tradições e inúmeras maneiras de praticar a meditação, e talvez por causa da sua natureza polimorfa, novos meditadores perguntam se estão a fazê-lo corretamente.
Se estiver a sentir-se melhor no final, provavelmente o processo de meditação está a ser realizado corretamente.

Aparentemente é algo fácil, mas muitas pessoas parecem não conseguir adaptar-se e não importa quantas vezes eles tentem. De fato, pode ser uma luta para superar a vibração interna que todos nós experimentamos.

Os métodos que procuram aquietar a vibração interna e reduzir o 'stress' são o que inicialmente atrai muitas pessoas para a meditação. É uma forma muito eficaz na redução dos efeitos do 'stress'. Se alguém estiver a lutar contra sentimentos de ansiedade, ele ou ela pode beneficiar dos aspectos calmantes da meditação. E é ainda um processo absolutamente facilitador da saúde mental, porque traz um maior grau de auto-aceitação e conhecimento sobre si mesmo.

Mas uma maior consciência sobre si mesmo pode ser uma faca de dois gumes. Realmente, a meditação pode aumentar o seu nível de ansiedade se existirem certos sentimentos que não são titulares. Por outras palavras, não há lugar para se esconder quando se está a praticar a atenção plena. E isso, para algumas pessoas, são as boas e as más notícias.

É por isso que alguns especialistas sugerem um casamento com a meditação e psicoterapia. Ambas permitem que a pessoa esteja presente no momento, aberta e não defensiva. Seja em meditação ou através da psicoterapia, o objetivo é não envolver-se na preocupação interna, mas estar intimamente presente com o que está a acontecer aqui e agora.