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Somos todos filhos da Preta

Categoria: Outros
Somos todos filhos da Preta

A humanidade surgiu na África e todos os habitantes dos demais continentes descendem de um pequeno grupo de 150 indivíduos que deixou a Etiópia há 50 mil anos. Quem afirma é a ciência com bases em achados arqueológicos e experiências genéticas.

Queiram ou não os racistas, somos todos filhos da África. E como descendemos dos africanos, a primeira mãe humana foi uma negra, mãe preta. Segundo a mesma ciência que um dia legitimou o racismo através da eugenia, somos todos filhos desta negra que primeiro amamentou um bebê humano.

A ciência que nos separou por raças nos colocou no mesmo colo, mas mesmo assim não acabou com o racismo porque o racista quando se viu renegado pela ciência se refugiou na cultura do ódio e da ignorância. Mas mesmo assim continuou sendo filho daquela negra que nos pariu neste planeta.

Na história da jornada humana, o grupo que saiu da África se espalhou pelo mundo e ganhou outros tons de pele na medida em que a ausência de sol desestimulou a produção de melanina. Branqueamos por falta de sol, desbotamos. Ser negro deixou de fazer sentido fora da África e na natureza o que não faz sentido não permanece. Na ciência também não, mas como a cultura não é tão pragmática, no pensar de muitos, a diferenciação de seres humanos com base na cor da pele ainda permanece mesmo não fazendo sentido.
Nada mais sem sentido do que ser racista, pois em nossas andanças pela Europa e Ásia perdemos a cor humana de nascença e ficamos mais claros, mas continuamos os mesmos seres humanos surgidos na África cuja cor de nascença é a negra.

Mudamos de cor de pele, mas não de mãe. Mãe não se troca, mãe é única. Mesmo loiros de olhos azuis continuamos sendo filhos daquela primeira mãe africana. E mãe é mãe! Pode-se negá-la, como muitos o fazem, mas deixar de ser seu filho é impossível porque não se pode voltar no tempo para o útero da mãe negra e nascer de novo no útero de uma mãe branca por uma questão de lógica: não existia mãe branca quando a primeira mãe negra pariu a humanidade.

Não existiriam loiros de olhos azuis se um casal de negros não tivesse feito a gente debaixo do sol escaldante da África. Este é um fato científico: o racismo é um fato lamentável.


Luiz Mozzambani Neto

Título: Somos todos filhos da Preta

Autor: Luiz Mozzambani Neto (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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