Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Outros > Os camponeses medievais

Os camponeses medievais

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Visitas: 32
Os camponeses medievais

Dentro da categoria dos camponeses há diferenças hierárquicas.

Os que têm maior riqueza são os lavradores. Possuem mais terras, juntando terras de exploração senhorial. Também têm juntas de bois para trabalhar as terras e o gado para vender. Utilizam mão de obra alheia, sobretudo, na altura das sementeiras e colheitas.

A seguir aos lavradores, estão os simples cultivadores. Possuem apenas uma junta de bois ou nenhuma, tendo de pedir emprestado em último caso. Estes camponeses médios podem ter uma propriedade própria e/ou cultivarem a propriedade do senhor, aumentando, assim, os seus rendimentos. Contudo, são sempre precários. Eles não vendem. Tudo que conseguem era para autoconsumo, para pagar a renda ao senhorio e a dízima à Igreja. Não contratam ninguém, senda a família a principal ajuda para cultivar a terra.

A terceira categoria de camponeses tem de alugar os braços para sobreviver, ou seja, o corpo é a sua principal fonte de trabalho. Não tem terra própria nem arrendada. Apenas tem alguns instrumentos para trabalhar a terra dos outros. O salário é muitas vezes em géneros, como a alimentação, o vestuário, o calçado e o alojamento. Podem ser contratados como jornaleiros. Em trabalhos excecionais, em que o trabalho é mais intenso. Em geral, têm apenas um quintal para cultivar, um pequeno espaço para criar porcos e uma capoeira. É, decididamente, a categoria mais pobre.

Os camponeses vivem segundo o ritmo das estações. Há momentos de muito trabalho no campo, mas também há períodos de sossego, nomeadamente, no inverno, com a chuva e a neve. Neste período, ocupam-se de outras coisas: recuperações das casas, dos celeiros, das adegas e dos lagares. Existe um conjunto de festas que marcam o ano, sobretudo, a festa que marca a superioridade da primavera sobre o inverno. No verão realizam-se festas dos santos, onde as pessoas convivem e dançam.

Em geral, os camponeses mais pobres não têm casa de banho, tomam banho por uma bacia, as roupas já têm muitos anos, pois são passadas de geração em geração. O Domingo é especial, pois é o dia da missa.

A vida dos camponeses é muito dura e quando não tem trabalho no campo, vão para as cidades à procura de um sonho, que, muito provavelmente, não se vai concretizar.


Daniela Vicente

Título: Os camponeses medievais

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

Visitas: 32

778 

Comentários - Os camponeses medievais

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

Pesquisar mais textos:

Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios