O mistério do Zumbido de Taos
É assim designado, pois consiste num som de baixa frequência, semelhante a um motor a diesel a trabalhar ao longe ou um eletrodoméstico em funcionamento – um frigorífico antigo, por exemplo. Este som tem procedência ignorada e é ouvido por cerca de 2% da população de Taos, uma localidade norte-americana situada no estado do Novo México.
As primeiras queixas registadas oficialmente surgiram em 1991, quando alguns habitantes de Taos afirmaram ouvir em horários específicos ou ininterruptamente um ruído incomodativo, semelhante a um zumbido ou um murmúrio prolongado. As pessoas afetadas indicavam que, por exemplo, estando dentro de casa, o zumbido se tornava mais intenso e que, ao sair a porta, este se apaziguava, ou vice-versa.
Após estes relatos intrigantes, outros começaram a surgir noutros locais do planeta, como o Reino Unido (Bristol), Nova Zelândia (Auckland), Japão, Canadá e alguns locais no Norte da Europa.
Foram efetuados testes auditivos, para despistar eventuais problemas do ouvido interno, mas até hoje, não deram resultados conclusivos. Os «hummers» (pessoas afetadas pelo som de origem misteriosa) são todos de meia-idade, incluindo igualmente homens e mulheres, na mesma proporção. Muitas das pessoas atormentadas por este som infinito acabam por desenvolver sintomas de stress, ansiedade extrema, depressões, exaustão, culminando em suicídio. Estima-se que o período que um «hummer» consegue suportar o ruído se situe entre os 5 a 10 anos de vida. A medicina não conseguiu ainda ajudar estes pacientes e nem mesmo a colocação de tampões auditivos resolveu o problema.
Muitas hipóteses, racionais ou não, foram colocadas, envolvendo transmissões rádio secretas, naves alienígenas, abduções, atividade vulcânica, entre outros. A ciência promete não deixar cair o caso em esquecimento, mas o que é facto é que permanece o mistério: serão estes sons inexistentes e apenas gerados nos ouvidos dos queixosos? Serão, pelo contrário, provocados por uma fonte específica e, como tal, passíveis de localização e posterior anulação para alívio das pessoas que os ouvem? A procura por uma resposta continua.