Islão: Fiéis de Alá
O grande profeta do Islamismo nasceu em Meca por volta do ano 570 e, sendo órfão de pai, foi criado por um avô e um tio. Antes de casar com Cadija, uma viúva rica, foi pastor, condutor de caravanas e mercador, andanças nas quais conheceu as religiões judaica e cristã. Depois do casamento, porém, aos 25 anos, pôde deixar de trabalhar e começou a consagrar muito do seu tempo ao recolhimento e à solidão. Foi então que, segundo a tradição muçulmana, Maomé terá recebido a visita do arcanjo Gabriel em visões, o qual lhe transmitiu as mensagens divinas. A partir daí, e com a ajuda da esposa, Maomé reconheceu que Alá o havia escolhido como profeta.
No ano de 622, Maomé e os seus discípulos tiveram de se refugiar por causa de perseguições que estavam a sofrer e foram para Latrib, que passou a chamar-se Medina (cidade do profeta). Este acontecimento recebeu o designativo de Hégira (partida, fuga) e marca o início do calendário muçulmano.
Maomé pregou durante vinte anos e redigiu o Corão. Morreu em 632, tendo sido construída uma grande mesquita sobre o seu túmulo. Logo após a sua morte, o Islamismo dividiu-se. os seguidores de Ali, primo e genro de Maomé (que lutou pelo poder e acabou por ser assassinado), fundaram o Xiat Ali (Partido de Ali ou xiitas), que reconhece como autoridade suprema apenas os imãs, ou seja, os descendentes directos do profeta (cerca de dez por cento dos muçulmanos). A outra corrente islâmica, os sunitas, chamam-se assim porque seguem escrupulosamente a lei do Corão e também a Suna, isto é, as tradições orais.
O jejum é uma forma de os muçulmanos terem uma ideia do que sofrem os pobres e constitui um treino físico e espiritual de autodisciplina. Mentir, roubar, falar mal dos outros e similares são também acções incluídas no jejum. O objectivo é a união, que derivará da generosidade, do perdão, da honestidade e da humildade a que exorta o Corão.