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Início > Textos > Categoria > Música > Guitarra toca baixinho – As Guitarras que cantam o fado

Guitarra toca baixinho – As Guitarras que cantam o fado

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Música
Visitas: 4
Comentários: 1
Guitarra toca baixinho – As Guitarras que cantam o fado

De forma alguma uma guitarra pode tocar baixinho. Quando o mote é um fado tão nosso, tão Português, que não se calem guitarras. Deixemo-las cantar em desgarradas e melancolias, daquelas que fazem lembrar um choro corrido. Eterno. Tão nosso. Tão Fado!

A Guitarra Portuguesa é mundialmente conhecida e reconhecida.

Para quem não conhece a história da guitarra Portuguesa, esta nasceu de um trabalho de aperfeiçoamento e junção de duas guitarras – a Citara Europeia, vinda de Itália e a Guitarra Inglesa, mas diz-se que o seu nascimento remota aos tempos Árabes, daí a indicação que é muitas vezes dada como Guitarra Mourista.

Na 2ª metade do século XIX, o fado era acompanhado pela “Viola de Cinco Ordens de Arame”, uma herança da própria guitarra. Foi a partir dessa altura que a Guitarra Portuguesa passou a acompanhar o fado.

A Guitarra Portuguesa é feita de uma madeira pouco densa, ou seja mais flexíveis, como a casquinha, o que resulta numa melhor vibração do som.

Uma verdadeira Guitarra Portuguesa termina o braço em Voluta ou Gancha (em Lisboa termina normalmente em caracol) e era ornamentada há muitos anos com um escudo quadrado em madrepérola. Nos dias de hoje, o quadrado deu o seu lugar a um coração tipicamente Português, também ele em madrepérola.

A meio da guitarra abre-se a o orifício da boca e em Guitarras mais ornamentadas, encontram-se bocas dos dois lados. O fundo é normalmente de mogno ou cedro.

A boca da Guitarra pode ser ornamentada também em madrepérola (como a terminação do braço), em osso ou em marfim, o que a torna mais imponente e de uma beleza extraordinária.

Com 12 cordas (eram de 10 cordas – Guitarra de Silva Leite) é considerada uma das Guitarras (dentro das milhares existentes – viola, elétrica, etc., etc., etc.) mais difíceis de dedilhar.

Falar de Guitarra portuguesa e não falar em composição do fado é quase impossível.

Carlos Gonçalves, José Manuel Neto e o inconfundível Carlos Paredes (considerado o máximo da Guitarra Portuguesa), em harmonia com os poemas e versos de David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello e José Carlos Ary dos Santos (entre outros), na gloriosa voz de Amália Rodrigues, calam-nos a voz ao deixarem-se entoar. Canta um fadista e encanta o dedilhar perfeito, exaustivo de um guitarrista. O fado quase não existe sem a Guitarra Portuguesa, e quando cantado à capela, sente-se-lhe a falta.

Choros, gritos e gemidos. São estas as características que conhecemos e reconhecemos nesta Guitarra tão nossa. De forma menos técnica, é certo, mas mais apaixonada, como deve ser amada esta Guitarra Portuguesa.


Carla Horta

Título: Guitarra toca baixinho – As Guitarras que cantam o fado

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • carlos santoscarlos santos

    18-03-2011 às 22:21:58

    Isto nao e uma mensagem,e mais um pedido de ajuda.Toco fado como acompanhante a viola,embora seija baixista tambem,e tenho usado ate aqui violas classicas espanholas,e japonesas.Esta e a minha pergunta.Quem faz as melhores violas de fado em portugal hoje em dia?Nao queria morrer sem possuir uma viola de fado de luxo feita em portugal.Muito obrigado

    ¬ Responder

Comentários - Guitarra toca baixinho – As Guitarras que cantam o fado

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

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