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Início > Textos > Categoria > Literatura > O nevoeiro

O nevoeiro

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Literatura
O nevoeiro

Eu caminhava pelo nevoeiro só. Vi para além disso absoluta escuridão. Sentia o frio gélido que me devorava os ossos. Muito lentamente chegava a um destino que desconhecia, via nada mais que o plácido horizonte, a estrada interminável e assustadora, continuei ainda assim sem por onde ir. Tentava olhar para o outro lado para avistar uma possível paisagem, mas eu só via a absoluta escuridão. Só tinha o meu capucho vermelho para me proteger, não tinha mais nada. Fui caminhando com esperança ou falta dela, do que a estrada chegasse ao fim. Acabei por desistir. Estava da hora de mudar, olhei para as montanhas à minha direita, comecei a subir os seus penhascos ingremes.

Eu tinha acordado do meio da neve grossa, a montanha era impossível de ser escalada, tinha caído do chão com as costas e desmaiado, estava sozinho novamente. Cansado e esfomeado. Tentei fazer uma corrida mas só aguentei por cinco minutos e continuava sem avistar nada, a única luz que havia era aquela que provinha da lua. Eu olhava para ela, sonhava que outra pessoa que eu amasse também estivesse a olhar, mas isso é ridículo. Continuava distante de tudo, esta tinha sido a minha escolha não havia nada a fazer agora. Continuei por mais uns minutos, as forças iam-me.

Um monte de neve tinha-se apoderado de mim, ao acordar pude sentir os poucos raios de sol que ainda haviam, meu deus nunca antes tinha desejado tanto o sol, não era tão forte aqui, mas estava a gostar de senti-la, deu me forças, mas ainda assim, a escuridão tinha mudado para a iluminação, o branco pairava em redor de mim, levantei-me, não havia nada em que me pudesse assegurar, exceto as bordas da estrada que da qual estavam ali para evitar a queda dos automóveis daquela ravina. Demorando algum tempo fui para o outro lado e segurei-me ali. Assim foi tentei caminhar por mais umas horas, cada vez mais a minha fome me dominava, cada vez mais sentia a morrer. Que poderia eu fazer? Tinha decidido a completar a minha vida em afastamento dos outros, achei que seria melhor. Mas por vezes não se pensa bem dos casos.

Tive que parar, a fome apertava, tava do lado da estrada aonde vinha os carros, tive que repousar, não aguentava mais, o frio dominava o meu corpo. Estava a morrer, não restava mais nada. Faróis vinham em minha direção e vi o…

Fim.


Manuel Velez

Título: O nevoeiro

Autor: Manuel Velez (todos os textos)

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Fine and Mellow

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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