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Viajar É Sempre Uma Fuga?

Categoria: Flash Read
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Somos impulsionados por viajar! É uma das mais enriquecedoras experiências que um ser humano possa ter em sua vida. O melhor é que mais e mais pessoas estão encantadas cada vez que retornam de uma viagem, de fato, somos transformados!

Mas, será a viagem sempre uma forma de fuga? Será que nós queremos mais que tudo fugir daquilo que estamos vivendo? Estamos fugindo do trabalho que todos os dias nos estressa e aflige? Será que sempre queremos sair por aí?

Viajar pelo mundo afora, mesmo que a poucos quilômetros, é sempre um enorme prazer! Pode-se até chamá-la de fuga, não é mesmo? Chega aquele momento que ansiamos sair de nossa rotina diária e conhecer outros lugares, outras culturas e viver novas experiências. Ansiamos por novidades! Queremos fugir da prisão do nosso trabalho, queremos nos libertar!

Há pessoas que quando voltam de suas viagens já programam as próximas pela necessidade de sempre tirar esse tempo para relaxar, curtir e se divertir. Quando nos prendemos a algo, mais que tudo, necessitamos dar uma escapadinha.

Viajar é uma excelente fuga! Posso dizer que é necessária! Precisa fazer parte de nossos dias tão efêmeros. A vida passa tão depressa. Temos um mundo inteiro para explorar, para conhecer e se misturar com suas culturas tão distintas!

Viaje, viaje sempre! Mesmo que seja para fugir de seus temores, suas prisões, suas angústias, seus marasmos. Só não permita sempre fugir, deixe-se ser encontrado!


Adriana Santos

Título: Viajar É Sempre Uma Fuga?

Autor: Adriana Santos (todos os textos)

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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