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A Ditadura da Beleza

Categoria: Beleza
Comentários: 4
A Ditadura da Beleza

Nos dias que correm a aparência influencia tudo e todos. Um cabelo tratado e bem cortado, um cheiro agradável, uma roupa bonita e um aspecto saudável fazem de nós pessoas aceitáveis aos olhos da sociedade.

Ter bom ar está na moda e quando mais ostentarmos no corpinho, mais bem aceite somos.

Os valores perdem-se no meio da indumentária e o cabelo arranjado traduz-se numa forma composta para os outros nos verem de maneira aceitável. Uns mais do que outros, é certo, compromete-se consigo mesmo para que esta apresentação seja o mais impecável possível e se nos concertarmos no passar dos tempos, a realidade é que nos dias de hoje nos esforçamos muito mais do que há 10 anos atrás. 10 Anos pode ser muito tempo para muitas coisas, mas para as alterações tão grande na nossa postura não é tanto tempo quanto isso.

Arranjarmo-nos e mimarmo-nos está correcto, aliás está correctíssimo, mas até que ponto este esforço permanente não é na realidade uma ditadura da beleza?

As revistas e o grande ecrã definem o que está errado e o que está certo e julgamos cada vez mais pela aparência e não pelos valores que os outros possam ter na vida e que tão docemente nos podem ensinar.

Valores astronómicos gastos em institutos de beleza mostram-nos seres obcecados pela boa aparência ao estilo hollywoodesco, que tanto nos fica bem. Sacrifícios financeiros de quem come somente sopa todos os dias para pagar as unhas de gel, a limpeza de pele e a roupa da marca que está na montra da loja.

Clínicas de estética têm nos dias de hoje listas de espera para rinoplastias e aspirações sabe-se lá em que sitio do corpo. Horas a fio passados no ginásio seguido de horas de fome para não engordar… Colocamos em risco a nossa vida e esta é a atitude menos inteligente que podemos tomar. Milhares de situações que se enfrentam no dia-a-dia que por si já é tão complicado, mas que teimamos complicar ainda mais.

Gasta-se tempo, dinheiro, paciência e principalmente saúde, tudo em prol de uma apresentação fantástica. Tudo em prol da ditadura que teimamos em alimentar.

O pior desta ditadura é o facto de todos nós a alimentarmos, por muito pouco vaidosos que possamos ser. Alimentamos um consumismo absurdo e prova disso são cartões de crédito e apertões de cinto que fazemos em tantas coisas úteis para ostentar riquezas que não temos.

A forma como nos apresentamos é de facto importante e de forma alguma se defende quem não se trata e cheira mal, mas convenhamos, os valores dos sentimentos que transportamos é o casaco mais bonito que podemos vestir.


Carla Horta

Título: A Ditadura da Beleza

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Imagem por: obo-bobolina

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Comentários     ( 4 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoSofia

    24-07-2012 às 10:57:19

    Sempre fui uma mulher normal na forma como me arranjo e trato de mim. Recuso-me por exemplo a pintar o cabelo no salão, pois posso bem pintá-lo em casa
    e o efeito é perfeito. Sempre fui de me controlar com estas despesas, apesar de comprar roupa e me considerar uma mulher bem vestida e arranjada.
    No entanto, sempre quis ter um peito de tamanho normal e nunca o tive. O tamanho 34 ficava enorme e cheguei a ter complexos de ir à praia.
    Juntei dinheiro durante mais de 3 anos e fiz alguns sacrifícios como saídas à noite e muitos, muitos cinemas. Quando consegui juntar o dinheiro, fiz a minha cirurgia e hoje tenho um peito normal (não é grande, nem de perto, nem de longe). Acho que a minha auto-estima subiu e sinto-me mais feliz. Não podemos generalizar as cirurgias plásticas, pois os motivos são muitos e nem sempre absurdos como se diz.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoHélder

    24-07-2012 às 10:57:02

    Há uns tempos atrás li uma reportagem fantástica sobre as alterações nas imagens nos filmes e o Photoshop feito nas fotografias das revistas. Pernas e bundinha de mulheres aparentemente sem qualquer gordurinha eram na realidade trabalhos, não de ginásio e dietas, mas sim de um software fantástico que lhes tira a mais pequena celulite que existem em todas as mulheres. São estas as imagens que fazem com que milhares de mulheres queiram criar uma imagem de perfeição, quando esta não existe na realidade do mundo. Mais do que mulheres (e homens, claro, mas mulheres em maior numero) bonitas, devem ser mulheres inteligentes e perspicazes, pois o estado de espirito é sempre o qua causa melhor aspeto.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoPatrícia

    23-07-2012 às 12:47:43

    Conheço quem poupe para gastar em produtos de beleza e em cirurgias estéticas. Defendo que nos devemos tratar bem, fazer umas massagens de vez em quando, comprar uma roupa bonita, pintar o cabelo são coisas que não têm de custar tanto dinheiro assim. Quem gasta verdadeiras fortunas é porque pouco ou nenhum amor ao dinheiro tem, ou então não lhe custa a ganhar. Podemos gastar dinheiro para nos sentirmos bem, mas daí a gastarem-se fortunas, é um absurdo.
    Existem no entanto algumas coisas que fazem parte da estética de cada um e que são mesmo importantes. Há uns anos atrás não se davam as atenções necessárias á higiene oral que são dadas hoje.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoInês

    23-07-2012 às 12:47:26

    Não sei o que é pior, se o consumismo absurdo se esta fome que a sociedade tem em alimentar uma postura e uma aparência que não é a nossa na sua verdadeira essência.
    Vejo mulheres que se sacrificam de forma completamente absurda para poderem dar asas a sonhos de fazer cirurgias estéticas que julgo, não as vai fazer felizes. A cada cirurgia imaginam a próxima e é um vicio que nunca fica saciado.
    Colocar em causa o seu bem estar financeiro em prol de cuidados excessivos de beleza é um completo absurdo e uma estupida loucura.
    Uma pessoa tratar-se bem e ter os seus cuidados é essencial mas abusos são ridículos.

    ¬ Responder

Comentários - A Ditadura da Beleza

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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