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O nascimento do Renascimento

Categoria: Arte
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O nascimento do Renascimento

A Itália foi o berço do Humanismo e do Renascimento artístico. Este período mediou entre cerca de 1420 e 1600, e presenciou o nascer de obras imortais, que ficaram para a posterioridade. Caracterizou-se pelo renascimento das artes, das ciências e dos costumes; pela recuperação da Antiguidade clássica; pela crença no valor do Homem e na razão; pela aprovação de uma filosofia mais pragmática; pela aceitação de novos cânones estéticos e artísticos; e, por fim, pela mentalidade quantitativa e pelo interesse pela natureza. O Renascimento foi a busca pelo saber e pela beleza.

As características do Renascimento foram a perspectiva, o gosto pelo retrato, a opção pelos temas profanos, o domínio da cor, da luz, do movimento, do espaço e da plasticidade.

No fim do século XV, a imprensa, a publicação dos tratados ilustrados, as viagens fora de Itália dos grandes artistas patrocinadas pelos seus mecenas, assim como as viagens diplomáticas contribuíram para a difusão dos modelos italianos. Todavia, a sua passagem a outros países não foi automática, nem se fez de forma igualitária. Quando as influências italianas se confrontaram com outras culturas, surgiram obras muito interessantes. Foi a transmutação cultural de Itália para os outros países.

Contudo, os Países Baixos opuseram-se à influência italiana, pois não precisavam dela, tendo uma arte nacional rica e inovadora. Temos como exemplo Pieter Bruegel, um pintor que viajou por Itália, mas que quando regressou às suas origens, negou a influência italiana nas suas obras. Em Itália, houve uma ruptura cultural com a Idade Média, através da retomada de elementos da Antiguidade clássica, ruptura essa que não aconteceu de imediato nos Países Baixos.

Porém, na Idade Média a arte não é natural, mas simbólica. A Igreja Católica usava símbolos para passar a mensagem, que tinha quase sempre motivação religiosa. A arte medieval não precisava de representar a realidade, pois trabalhava no mundo dos símbolos.

Para o Renascimento, tudo isto está presente, mas de uma forma natural. O homem renascentista já não quer só a arte simbólica da Idade Média, mas uma arte que se assemelhe à realidade. Toda a pintura deste período evolui na criação de espaço. O primeiro artista que vai aproximar-se precisamente deste ponto é Giotto di Bondone, cuja concepção realista do espaço pictórico e das personagens foi percursora ao longo do tempo.


Daniela Vicente

Título: O nascimento do Renascimento

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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