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Alcobaça, Um Símbolo Nacional

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Arte
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Alcobaça, Um Símbolo Nacional

Possuía um grande significado político, a nível interno e externo, pois Cister, nesta altura, tinha tanto poder como o Papado. A dimensão e riqueza que alcançou rapidamente transformaram a abadia alcobacense numa das principais estruturas económicas e políticas do país – uma situação que se manteve praticamente impecável até ao reinado de D. José I.

Eles produziam quase tudo o que necessitavam, e o que não conseguiam produzir, utilizavam os excedentes para obter. São os grandes povoadores da Idade Média e os grandes pioneiros dentro da Europa Medieval.

Estamos a falar de pessoas com grandes estudos na área da energia hidráulica. Alcobaça beneficiou das alterações no sistema de cultivo, pois tornaram-se cada vez mais produtivos.

Alcobaça segue o modelo da abadia-mãe de Claraval II, devido à sua filiação e proximidade cronológica (não podemos esquecer que os monges de Alcobaça eram beneditinos, solicitados por D. Afonso Henriques para construírem o Mosteiro de Alcobaça), e portanto percebemos as semelhanças entre a cabeceira de Alcobaça e a cabeceira de Claraval II – semi-circular – com a utilização não só da régua e do esquadro, mas também do compasso.

A nível de curiosidade, o facto de os muros das capelas radiantes não baterem com os contrafortes, mostra-nos que estamos numa fase de experimentação, pois no Gótico pleno isto jamais aconteceria, apenas por uma questão de lógica, ou seja, esta situação provoca grande pressão nas paredes e estas podem cair.

Alcobaça tem uma planta de três naves de igual altura, as naves laterais tem metade da largura da nave central (lembrando-nos corredores) e nove capelas radiantes. Havia ainda um dormitório, onde os monges dormiam todos juntos, símbolo da união, um refeitório e um púlpito neste.

Segundo Virgolino Jorge, a unidade de medida em Alcobaça foi o pé real francês, visto que o projecto veio de Claraval. Encontrou as seguintes dimensões: 16 pés (profundidade das capelas radiais, largura do deambulatório, intervalo médio entre os pilares da nave, largura do parlatório e largura das galerias do claustro), 32 pés (cruzeiro da igreja e largura da nave central), 48 pés (largura do transepto), 64 pés (altura interior do transepto), 160 pés (comprimento do transepto) e 320 pés (comprimento da igreja).


Daniela Vicente

Título: Alcobaça, Um Símbolo Nacional

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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